Cores da Terra – Produção de tintas com terra
certificada 2007
- Instituição
- Universidade Federal de Viçosa (UFV)
- Endereço
- Av. P.H. Rolfs, s/n – Campus Universitário - Centro - Viçosa/MG
- dps@ufv.br
- Telefone
- (31) 3899-2630
Nome | Telefone | Redes Sociais | |
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Anôr Fiorini de Carvalho | (31) 3899-1049 | anorcarvalho@gmail.com | |
Fernando de Paula Cardoso | (31) 3899-1049 | fernando.pcardoso@yahoo.com.br | |
Oswaldo Santana Alves | (31) 3892-2309 | osanalves@yahoo.com.br |
Resgate de conhecimentos tradicionais sobre técnicas de extração e produção de tintas com pigmentos, base e aglutinantes naturais para a pintura de edificações e peças de artesanato, aperfeiçoamento das técnicas, treinamento para a produção e aplicação das mesmas e capacitação de multiplicadores.*{ods8},{ods13}*
Tema PrincipalRenda
Tema SecundárioMeio ambiente
Problema SolucionadoEm 2005 tivemos a ideia de utilizar técnicas de baixo custo para a produção de tintas devido à problemática visualizada nas periferias das cidades: a grande maioria das edificações sem pintura, justamente na fase de acabamento, quando os recursos já exauriram. Outro motivo foram os malefícios à saúde e ao meio ambiente causados pelas tintas industrializadas. Com isso, e devido aos trabalhos desenvolvidos pelo Departamento de Solos da UFV no meio rural, visualizamos a possibilidade de resgatar conhecimentos tradicionais de produção de tintas – em geral utilizando os solos como fonte de pigmentos –, aperfeiçoá-los coletivamente e multiplicá-los, de modo a alcançar a população como um todo, urbana e rural. Desde então, desenvolvemos atividades com o objetivo de capacitar pessoas interessadas pela técnica, as estimulando a se tornarem multiplicadoras e a gerar renda por meio da prestação de serviços de pintura e com a produção de peças de artesanato.
Objetivo GeralResgatar conhecimentos tradicionais sobre produção de tintas com pigmentos, aglutinantes e base naturais, aperfeiçoá-los coletivamente e multiplicá-los por meio de oficinas práticas.
Objetivo Específico1. Desenvolver metodologias de interação social para resgate de conhecimentos, aperfeiçoamento coletivo e difusão das técnicas adequadas aos públicos infantil, adulto, urbano e rural; 2. Aperfeiçoar tecnicamente os procedimentos de extração de pigmentos, aglutinantes e base, e de produção e aplicação de tintas com foco na boa qualidade, no baixo custo, na minimização dos impactos ambientais e na facilidade de produção; 3. Estimular a geração de trabalho e renda por meio da prestação de serviços de pintura imobiliária e confecção de peças de artesanato com o uso de tintas naturais; 4. Conscientizar o público da importância dos cuidados com o meio ambiente e com a saúde; 5. Produzir e distribuir material impresso e digital para divulgação da técnica.
Solução Adotada11. Metodologia de Formação de Multiplicadores: o curso de formação de multiplicadores compreende os seguintes passos: - Realização de oficina, ministrada por coordenadores do projeto Cores da Terra, com foco na análise dos procedimentos didáticos adotados, seguido de síntese individual e socialização; - Realização de oficina para os coordenadores do projeto Cores da Terra, seguida de discussão sobre as principais dificuldades e sistematização de uma proposta metodológica; - Realização de duas oficinas avaliadas por coordenadores do projeto Cores da Terra; - Avaliação da proposta metodológica aplicada; Elaboração da proposta metodológica final, seguida de mais duas oficinas para avaliação da segunda proposta; - Avaliação final e encaminhamentos; 2. Metodologia de Interação Comunitária: a metodologia compreende os seguintes passos: - Observação: 1º passo, fase de sensibilização na qual a equipe é estimulada a ir à comunidade, observar, perceber a realidade local, colocar os órgãos dos sentidos para funcionar, identificar dificuldades/oportunidades, conversar com as pessoas; - Parceria: nesta fase busca-se a parceria local. Pode ser desde uma casa até uma edificação pública, onde se apresentam as fases para se chegar à pintura efetiva com as Cores da Terra. Nesta fase, em reunião com os possíveis atores locais, se apresentam e analisam as possíveis ações: Experiências de casas já pintadas com terra; Resgate cultural do “barreado”; Escambo de ideias; Passeio pelas paisagens naturais; Coleta de amostras locais; Simulações e oficinas na comunidade; - Decisão: ação de pintar ou não com as cores da terra. Avaliação do processo junto à comunidade via entrevistas e questionários; 3. Metodologia do curso para capacitação técnica (profissionalizante) de pintores e artesãos: o curso de capacitação técnica tem seu conteúdo dividido em 8 módulos para fins de continuidade e melhor apreensão do conteúdo: - As fontes de pigmentos – a tinta natural e a tinta industrializada; - Formas de obtenção de tintas à base de pigmentos extraídos de solos; - Formas de obtenção de tintas à base de pigmentos extraídos de vegetais; - As fases da pintura: escolha e preparação do material, tipos de superfícies, preparação das superfícies e técnicas de pintura; - A questão ambiental e as diversas tintas; - Elaboração de orçamentos; - Identificação e tratamento de patologias ligadas à pintura.; 4. Metodologia das oficinas ministradas em escolas (público infantil e infanto-juvenil) é dividida em: - As cores da natureza (de onde podem vir); - Percepção ambiental para descoberta das cores (coleta de material) e conscientização ambiental; - Produção de tintas e pintura de murais; - Exposição dos trabalhos e da origem das cores; 5. Metodologia das oficinas ministradas em escolas (público adulto) é dividida em: - A história das tintas e das técnicas de pintura; - Formas de obtenção de tintas à base de pigmentos extraídos de solos; - As fases da pintura: escolha e preparação do material, tipos de superfícies, preparação das superfícies e técnicas de pintura; - A questão ambiental e as diversas tintas; - Identificação e tratamento de patologias ligadas à pintura; 6. Outras formas de difusão da técnica: - Produção e divulgação de artigos e reportagens com o curso virtual do CEAD-UFV, apresentação de trabalhos em feiras e congressos e distribuição de cartilhas impressas e digitais via e-mail. O curso conta também com a exposição de material fotográfico de casas pintadas com diferentes tipos de tintas, para exposição das especificidades e problemas que podem decorrer de cada uma. O material didático usado é a cartilha do projeto, recém atualizada. A participação de tintores/pintores mais experientes é garantida ao longo do curso, tanto como forma de motivação quanto para troca de experiências.
Resultado Alcançado.
Locais onde a Tecnologia Social já foi implementadaCidade/UF | Bairro | Data da implementação |
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Florianópolis / Santa Catarina | 10/2006 | |
Viçosa / Minas Gerais | 10/2006 | |
São Luís / Maranhão | 11/2008 | |
Cachoeiro de Itapemirim / Espírito Santo | 08/2008 | |
Bom Jardim / Rio de Janeiro | 04/2008 |
Público alvo |
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Agricultores Familiares |
Alunos do ensino básico |
Artesãos |
Assentados rurais |
Lideranças Comunitárias |
Famílias de baixa renda |
Quantidade: 200 |
Profissional | Quantidade |
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profissionais preferencialmente das áreas da construção civil e artesanato. | 6 |
- 3 Kits básicos com ferramentas e utensílios (um para cada dupla de instrutores), contendo: 1 lona plástica de 2 x 2 m, 4 rolos de pintura de lã média, 4 cabos para rolo de pintura grandes, 4 baldes de 20 litros, 2 óculos de segurança, máscaras de proteção nasal descartáveis, 2 espátulas, 2 brochas grandes, 2 trinchas grandes, 1 copo de medidas, fita métrica, 2 escovas de aço, 2 colheres de madeira grandes, copos plásticos descartáveis, 1 balança tipo dinamômetro, 4 kg de cola branca (por oficina), 1 kg de polvilho azedo (por oficina, 1 pote de soda cáustica (pureza 98%), lixas para parede, 2 sachos, 2 frascos de vidro com tampa, 1 caixa plástica para armazenamento e transporte do kit. (R$ 180,00 x 3 = R$540,00) - 3 laptops e 3 projetores de imagens (um para cada dupla de instrutores, considerando a realização de três oficinas simultaneamente); (R$10.000,00) - Cartilhas (30 por oficina, estimando-se 40 oficinas em 10 meses. Total de 1200 cartilhas) (R$ 1.500,00)
Valor estimado para a implementação da tecnologiaRecursos materiais (fixos e variáveis, considerando que o espaço físico, acesso a internet e telefone será disponibilizado gratuitamente por alguma instituição): R$12.500,00; Recursos humanos (pagamento de diárias de R$80,00, considerando a média de 4 oficinas por mês, ministradas cada uma por uma dupla de instrutores e com duração média de dois dias): R$ 1.280,00/mês;
Instituições parceiras na tecnologiaInstituição parceira | Atuação na tecnologia social |
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nstituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA-MG | - |
Departamentos de Solos, Arquitetura e Urbanismo e Pró-reitoria de Extensão e Cultura da UFV | - |
Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural – INCAPER-ES | - |
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais – EMATER-MG | - |
Museu de Ciências da Terra Alexis Dorofeef – MCTAD-UFV | - |
Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata Mineira – CTA/ZM | - |
Fundação de Arte de Ouro Preto – FAOP | - |
Legenda | Arquivo/Download |
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